As cólicas habituais nos bebes: Porquê, e como aliviar?

Considera-se que existem cólicas quando o choro não tem razão aparente, dura várias horas ao dia e aparece várias vezes por semana, numa

Cólicas

As cólicas são um dos problemas mais incómodos e frequentes da infância, e como muitos pais sabem, são muito mais do que apenas “chorar”. O termo refere-se a uma condição caracterizada por choro inconsolável, agitação e irritabilidade, geralmente durante os primeiros três meses de vida.  O choro persistente ou excessivo causa preocupação, podendo ser interpretado como um sinal de doença ou como um indicador da qualidade dos cuidados providenciados pelos pais.

Todas as crianças choram mais nos primeiros 3 meses de vida que em qualquer outra altura. Considera-se que existem cólicas quando o choro não tem razão aparente, dura várias horas ao dia e aparece várias vezes por semana, numa criança saudável.

Qual a causa?

Trata-se de uma situação transitória que tende a resolver espontaneamente até às 9 semanas de vida. A sua origem não é inteiramente conhecida, mas será provavelmente multifactorial, contribuindo factores psicológicos, sociais e biológicos. Os factores gastrointestinais têm um papel importante, podendo envolver: más técnicas de alimentação (alimentar pouco ou demasiado, não arrotar), intolerância às proteínas do leite de vaca ou alterações na microflora intestinal. Nos últimos anos, o papel da microbiota intestinal tem-se tornado central. Estes micro-organismos ajudam-nos a desfazer e digerir os alimentos, e manter o sistema imunológico em equilíbrio.

Como aliviar?

É importante esclarecer o cuidador que se trata de um problema comum que costuma resolver-se espontaneamente e que habitualmente não traduz doença nem insuficiência dos cuidados prestados. Podem ser usadas várias técnicas para reconfortar o bebé, como o banho ou a massagem abdominal.

Como fazer a massagem:

  1. Deslize a palma das suas mãos, uma seguida da outra, de cima para baixo e no sentido dos ponteiros do relógio (imaginando um relógio na barriga do bebé). Deve repetir este movimento pelo menos três vezes.
  2. Segure as pernas do bebé pelos tornozelos e, com os joelhos juntos, pressione-os suavemente contra a barriga. Mantenha esta pressão aproximadamente durante cinco segundos. Alivie a pressão exercida e a posição das pernas, esticando-as, e volte a repetir várias vezes.
  3. Segure os tornozelos do bebé e dobre-lhe um joelho sobre o abdómen e endireite-lhe a perna, repita o movimento com a outra perna, como se estivesse a andar de bicicleta lenta e ritmicamente.
  4. Repita os pontos 1 a 3 se necessário.

Em alguns casos podem ser necessárias intervenções mais específicas como alterações dietéticas (como o leite artificial extensivamente hidrolisado ou uma dieta com baixo teor de alérgenos por parte da mãe se fizer aleitamento materno), ou a administração de probióticos. Dos vários probióticos estudados, o que reúne mais evidência é o Lactobacillus reuteri, com acção comprovada na manutenção da motilidade intestinal e no bom funcionamento do intestino em lactentes.

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