Perguntas Frequentes

Pode encontrar aqui as respostas a algumas das questões que recebemos com maior frequência

A obstipação caracteriza-se pela dificuldade em evacuar, evacuações menos frequentes e sensação da vontade de evacuar, mesmo após tê-la feito. Pode causar desconforto ou dor abdominal. As fezes ficam mais duras e secas.

O consumo de água (mínimo 1,5lts dia), aumento gradual da ingestão de fibras e o exercício
físico regular ajudam a melhorar e/ou prevenir a prisão de ventre.

Há vários tipos de medicamentos que podem aumentar a probabilidade de obstipação, no
entanto esse efeito adverso pode várias de pessoa para pessoa. Caso tenha alteração no seu
transito intestinal após iniciar a toma de um novo medicamento, deve consultar o seu médico
ou farmacêutico.

Não são conhecidos dados que diferenciem a prevalência do cancro do colon da do cancro do reto. Sabe-se que são diagnosticados cerca de 7.000 novos casos por ano de cancro colorretal, e que em termos de mortalidade este é o 2º cancro com maior índice de mortalidade em Portugal e o 3º no mundo. 1
1 – in https://saudedigestiva.pt/cancro-do-intestino/, Sociedade Portuguesa de
Gastrenterologia

De acordo com as recomendações da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia (SPG) a partir
dos 45 anos deve fazer o rastreio do cancro de colon e reto através da realização de uma
colonoscopia.2
O objetivo é identificar precocemente uma lesão precursora (pólipos) e caso seja maligno
atuar o mais cedo possível para garantir maior taxa de sucesso na cura e/ou aumentar a
sobrevida dos doentes.

2 - In https://saudedigestiva.pt/cancro-do-intestino/,
Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia

Mudança injustificada de hábito intestinal; Diarreia ou prisão de ventre recorrentes; Sangue
nas fezes (pode ser de coloração clara ou escura); Evacuações dolorosas; Afinamento das
fezes; Constante flatulência (gases); Desconforto gástrico; Perda involuntária de peso, coceira
retal.

Na população em geral é recomendado pela SPG fazer uma colonoscopia a partir dos 45 anos. Esta recomendação é baseada na evidência científica que mostra que a colonoscopia é o método mais eficaz e caso haja pólipos pode de imediato extrai-los e certificar-se se são malignos ou não.3
Caso tenha história familiar de cancro colorretal, deve fazer colonoscopia e deve consultar o seu médico no sentido de aferir com que idade deve fazer a primeira colonoscopia, visto que nesses casos a idade de rastreio depende da idade do diagnostico do respetivo familiar.

3 - In https://saudedigestiva.pt/cancro-do-intestino/, Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia

Não está indicado a realização de endoscopia de rastreio sem sintomas prévios.

No caso da endoscopia habitualmente só necessita fazer jejum absoluto durante algumas
horas.
No caso da colonoscopia necessita de fazer uma dieta rigorosa e pobre em fibras alguns dias
antes, aumentar a ingestão de líquidos e tomar um medicamento para a limpeza intestinal
algumas horas antes do exame, de acordo com indicação do seu médico.
Este medicamento tem o objetivo de produzir uma diarreia abundante e fazer a limpeza total
do intestino para o médico gastrenterologista observar a totalidade do seu intestino.

Essa informação deve ser dada pelo seu medico assistente porque depende se tem ou não
história familiar de cancro colorretal ou do resultado da primeira colonoscopia que fez (tinha
ou não pólipos, a qualidade da preparação intestinal foi adequada, etc.).
No entanto, há orientações internacionais para a frequência em que deve fazer o exame que
servem de base à decisão do médico assistente.

Acredita-se que as cólicas no bebé têm uma etiologia multifatorial. A imaturidade
gastrointestinal, ou seja, o sistema gastrointestinal que ainda está no desenvolvimento,
deglutição excessiva de ar e tensão emocional são os principais fatores envolvidos nesta
situação transitória.

Os pais devem manter-se calmos. Pode tentar acalmar carinhosamente o bebé, embalando-o, falando ou cantando-lhe suavemente; pode colocar o bebé no colo com a barriga para baixo ou massajá-la para aliviar as cólicas. Em caso de necessidade, deve consultar o médico pediatra.
Se o bebé tiver o nariz obstruído ou se a boca do bebé está mal adaptada ao mamilo ou à tetina durante as mamadas, pode ingerir ar inadvertidamente o que pode resultar na acumulação de gases. Também determinados alimentos da mãe como leite, café, feijão, repolho, grão de bico, chocolate, comidas apimentadas e refrigerantes devem ser evitados porque podem causar mais cólicas no bebê.
Em alguns casos em que se justifique, o pediatra poderá também aconselhar alguma medicação que ajude a acalmar e aliviar as cólicas.

Vários estudos demonstram que um desequilíbrio na microbiota, denominado disbiose
intestinal, pode estar na origem de doenças como a obesidade, diabetes, doenças
cardiovasculares, síndrome do intestino irritável, asma, cancro, doença celíaca, esclerose
múltipla ou síndromes do espectro do autismo, por exemplo. Assim, as suas 4 escolhas de
alimentação e estilo de vida têm um impacto na microbiota, além do estado de saúde geral.


4 - Ref.:
Redondo-Useros N, Nova E, González-Zancada N, Díaz LE, Gómez-Martínez S, Marcos A.
Microbiota and Lifestyle: A Special Focus on Diet. Nutrients. 2020 Jun 15;12(6):1776.
Conlon MA, Bird AR. The impact of diet and lifestyle on gut microbiota and human health.
Nutrients. 2014 Dec 24;7(1):17-44.
Valle Gottlieb MG, Closs VE, Junges VM, Schwanke CHA. Impact of human aging and
modern lifestyle on gut microbiota. Crit Rev Food Sci Nutr. 2018 Jun 13;58(9):1557-
1564.
Os antibióticos podem ter um impacto negativo na microbiota intestinal. Estes fármacos, além de eliminarem bactérias nocivas, também diminuem o número de bactérias da microbiota intestinal. Aconselhe-se com o seu médico sobre a toma de probióticos quando estiver a tomar antibióticos, de modo a que possa compensar a sua microbiota intestinal.

Episódios frequentes e desconfortáveis de diarreia geralmente podem ser sinais de que a
microbiota está desequilibrada. 5

5 - Ref.: Li Y, Xia S, Jiang X, Feng C, Gong S, Ma J, Fang Z, Yin J, Yin Y. Gut Microbiota and
Diarrhea: An Updated Review. Front Cell Infect Microbiol. 2021 Apr 15;11:625210

A microbiota consiste numa imensa variedade de bactérias, vírus, fungos e outros
microrganismos unicelulares que habitam no nosso organismo. Este conjunto de micro-
organismos bacterianos presentes no organismo, é essencial para saúde porque atuam ao
nível da: Nutrição e da digestão; produção de vitaminas e outros componentes essenciais;
educação do sistema imune, como barreira protetora contra organismos patogénicos; no
desenvolvimento de alguns órgãos e no comportamento/ritmo circadiano.
A perda de baterias saudáveis e outros factores de protecção, faz com que as bactérias não
saudáveis, fungos, parasitas e toxinas se acumulem e podem danificar a parede intestinal.
As bactérias saudáveis que revestem e protegem a parede intestinal, além de outros fatores
obtidos dos alimentos e das secreções naturais do intestino, inibem as bactérias não saudáveis
e contribuem para a manutenção do equilíbrio bacteriano e otimizam a saúde intestinal.
Os microrganismos e desempenham várias funções vitais no nosso organismo. Estão
implicados tanto na saúde como na doença. Assim, a Disbiose (desequilíbrio da microbiota) –
aumenta a suscetibilidade a várias doenças como: Obesidade, Desnutrição, Asma, Diabetes,
Eczema, Esclerose múltipla, Autismo, Colite, Cancro Doença celíaca e Doença cardíaca.

A colonização do trato gastrointestinal começa imediatamente após o nascimento; A
colonização completa-se entre os 2-3 anos de idade, altura em que estabiliza e torna-se
semelhante a uma microbiota adulta.
O ambiente microbiano materno durante a gestação pode influenciar, notavelmente, o
desenvolvimento imunológico do recém-nascido e, consequentemente, a futura saúde da
criança. Atualmente, está bem estabelecido que os primeiros eventos de colonização
microbiana fornecem ao recém-nascido estímulos vitais para a sua a maturação imunológica.
O padrão de colonização pode ser afetado por: Modo e tipo de parto, dieta inicial, localização
geográfica, fatores genéticos e Exposição aos antibióticos

As causas de hemorroidas são diversas. Entre as várias causas conhecidas para as hemorroidas,
incluem-se:

– A obstipação, associada ao esforço durante a defecação;
A diarreia com expulsão contínua de fezes moles;
– A permanência em pé ou sentado durante períodos de tempo prolongados;
– A obesidade;
– A gestação e o parto;
– A predisposição hereditária.

A presença de hemorroidas pode estar ou não associada à manifestação de sintomas.Por vezes podem associar-se a sintomas como a dor, comichão (prurido), inchaço ou sangramento – nestes casos falamos de doença hemorroidária, ou mais comumente, “ter hemorroidas”.
Isso depende de cada caso, da história do doente e do exame físico e do tratamento mais indicado. Os gastrenterologistas e os cirurgiões gerais são os médicos que o podem ajudar no tratamento desta doença.
Apesar de ambas doenças podem apresentar, são patologias totalmente diferentes e as hemorroidas não têm qualquer relação com o cancro no intestino.

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